terça-feira, novembro 30, 2004

Recebi uma citação de Lya Luft por e-mail e faço questão de postá-la, pois, diz, não há quem negue, de todos que sabem que desejam, mas não se permitem...

"Se alguém me amar agora, não será por um belo corpo que fatalmente irá mudar, mas por isso que sou hoje sem disfarces. Nenhum esplendoroso corpo jovem, malhado me ameaça: meu território é outro" Lya Luft

terça-feira, novembro 23, 2004

Postando em outro blog, palavras de um amigo, resolvi aproveitar a deixa e frisá-lo também por aqui com essas outras e não menos importantes e pertinentes palavras...

Desilusão

Me acho impuro, em meu olhar de quintessência
Envolto em atitudes superficiais e maduras
De erros eternos e de vã eloquência
Em lamentos e em tangentes loucuras

Tudo que eu desejo é o nada
A desvinculação da carne que sente
Dores pungentes e a alma torturada
Pelo vislumbre hediondo do sempre

Me acho nulo, por ser humano
Condenado a nunca saber
Alma-diçoado ao não me estender
Nesse belo mundo mundano

E a existir, perdido em dúvidas imortais
A ser mortal e entender meu finito ser
Adorando nossos deuses ininteligíveis e afonais
Em seu estranho e magnífico jogo chamado Viver

(H. R. Mundum Jr.)