domingo, março 14, 2010

Aprendi há pouco tempo que o verdadeiro presente é aquele que carrega em si algo de seu.
Aí, ganho um texto. Lido, grifado e estudado.
Quem me deu o fez por amor. Me deu mais um pedaço de si.
O texto é de um Freud sábio, após construir e viver cada etapa de uma vida influenciada pela busca de uma escrita da vida, uma escrita antes inabitável. E uma escrita que influenciou a humanidade em uma dimensão incogitável.
O texto é uma entrevista de 1926 dada ao jornalista americano George Sylvester Viereck, perdida nos arquivos da imprensa dos EUA e publicada em português nos anos recentes.

Conversei com alguns dos grifos.

"Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade";

"O trabalho é minha fortuna"

"O impulso de vida e o impulso de morte habitam lado a lado dentro de nós. A morte é a companheira do amor. Juntos eles regem o mundo"

"Compreender tudo não é perdoar tudo. A psicanálise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que devemos evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância para com o mal não é de maneira alguma um corolário do conhecimento"

"A maldade é a vingança do homem contra a sociedade pelas restrições que ela impõe"

Por fim:

" Não, eu não sou um pessimista, não enquanto tiver meus filhos, minha mulher e minhas flores!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai Gui...isto é lindo demais. Sempre me emociono. Tem uma entrevista dele, nao sei se a mesma...enviarei pra vc...e com voz! A voz do Senhor Freud.
Beijos,
Cris Barreto